Olímpico

No fundo, no fundo, ninguém sabe quem é Isaquias do remo, ninguém sabe quem é Thiago Braz da vara, Rafaela do judô e por aí vai.
Ninguém sabe quem é ninguém, além de Neymar da bola, do bába, do oba oba Global e sensacional.
Não gosto de Olimpíadas, mas adoro esporte, quase todos.
O que não gosto é de algo que fantasia esporte por ocasião ou oportunismo midiático. Isso não ajuda em nada e não aumentará o incentivo que esses atletas precisam, que por sinal precisam muito mais do que esses míseros 15 dias.
Todos nós nunca soubemos quem são esses atletas, a TV não mostra, o jornal não anuncia, a escola não nos prepara, logo não saberemos nunca.
NUNCA!
Atire a 1ª vara quem souber.
A não ser daqui a 4 anos, quando esses atletas campeões e guerreiros forem substituídos por outros e seguiremos essa mesma lógica burra e cíclica.
Você fica aí achando que é patriota emocionado.
BULSHIT.
Nos sabotamos o tempo todo, torcendo, vibrando, sofrendo por algo que daqui a uma semana irá se apagar em nossa memória.
Eu não assisto quase nada, confesso.
Poucas coisas me chamam atenção durante esse período, mas muitas coisas me chamam a atenção durante o ano todo, os 4 anos que se passam despercebidos para a maioria das pessoas e dos esportes.
Posso estar errado, mas enquanto nosso esporte for momentâneo, enquanto ele for narrado por alguém que compara sempre uma lagoa com o Maracanã, um salto em vara com uma zorra de uma bicuda de Neymar, estou fora.
FORA!
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Marcel Freire é casado com a música, amante da publicidade, apaixonado pelo surf e blogueiro Contextual e tem um cachorro.